Mbemba vai deixar o FC Porto: “Serei sempre portista”

Ainda que tenha deixado a porta entreaberta à continuidade, o congolês não foi convidado a renovar e vai mesmo deixar o FC Porto, clube que levará no coração.

Chancel Mbemba fez o último jogo no Estádio do Dragão, mas no meio dos festejos pela conquista do título, deixou a porta entreaberta à continuidade e a certeza de que será sempre portista. “O campeonato terminou, foi o último jogo no Dragão. Se é possível continuar? “Porque não? Deixo o meu destino nas mãos de Deus, mas de uma coisa toda a gente pode ter a certeza, seja qual for o meu futuro, serei sempre portista”, sublinhou. A verdade é que Mbemba vai mesmo sair a custo zero do FC Porto depois de quatro temporadas.

A final da Taça de Portugal, com o Tondela, marcará o adeus do central, que não recebeu qualquer proposta de renovação. Nem é de prever que isso venha a acontecer até ao final de junho, data do término do vínculo. O elevado salário que recebe – recorde-se que chegou do campeonato inglês – deixa a SAD sem argumentos para sentar-se à mesa, além disso o desejo que o próprio tem de assinar um contrato com condições ainda mais vantajosas vai levá-lo a outras paragens. Milan, Lyon e Bétis já forma apontados como interessados, mas Mbemba também tem mercado em Inglaterra e nas arábias.

O central congolês considerou que o FC Porto mereceu “este troféu” de campeão e agradeceu aos adeptos pelo apoio. “O início não foi fácil, mas conseguimos conquistar este troféu e por isso, obrigado FC Porto, obrigado, Portugal”, atirou, aqui sim já mais em jeito de despedida, antes de apontar o segredo para o sucesso. “Ganhámos porque trabalhámos. Isto são os frutos do trabalho e merecemo-los, mas, já são do passado. Vamos continuar para procurarmos ganhar a final contra o Tondela”, referiu.

Chancel Mbemba prepara-se assim para deixar o clube a custo zero após a época em que fez mais jogos. Em quatro anos, ganhou outros tantos títulos (domingo pode somar mais um), mas se a despedida será em grande, o início foi penoso a nível individual. Contratado ao Newcastle por 6,2 milhões de euros, o defesa, tapado por Felipe e Militão, somou apenas 305 minutos na primeira temporada, divididos por seis partidas e ainda passou pela equipa B. Mesmo assim, Conceição manteve-o e na época seguinte tudo mudou: 42 jogos e seis golos, dois deles na final da Taça de Portugal ao Benfica. Em 20/21 elevou a fasquia para os 43 jogos e agora vai acabar com 47. Otávio até esteve em mais, mas soma menos minutos do que o central, que é o mais utilizado por Conceição. Da mesma forma que foi quem mais jogou na série de 58 jogos em que o clube esteve sem perder no campeonato.

Fonte: ojogo.pt